sexta-feira, setembro 08, 2006

Retrato nas brasas de areia

Encontros em sintonia nas ruas do mundo, gostos comummente circunscritos aos trilhos do ser-se humano, partilhar a arte das ideias, as frustrações do sistema... amuralham a força da sinceridade. A amizade com Naoko é a manifestação aforística do acidente da vida.

Acompanho a sua miscelânea Coreia-Japão na praia de Chigasaki, em busca de modelos para a sua revista. Invejo-lhe a profissão, embora não a pudesse desempenhar: o idioma não é um obstáculo para a motivação de Naoko, que escuta um oásico consentimento em dezenas de rejeições pela timidez.

A cada passo seu nas brasas de areia, com a aragem do oceano a reclamar pelo corpo escaldado, desvendo artimanhas de retrato, retenho a genica do caminhar vulcânico.
Nunca me disse, mas eu descortino facilmente: o que Naoko mais gosta é de viver.

Numa praia japonesa, aqui.

3 Comments:

Blogger patri.cia disse...

Na poesia vive a alma :) Eh artista!

13/9/06 5:28 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

nas aguas do tempo venho e vou a sabor da corrente... talvez um dia nos possamos encontrar na foz ... ou no mar



Ai sei lá.. por ai

13/9/06 11:06 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Em tempos modernos quantas mulheres gostariam de chamar-se Naoko?
E quantos homens observam as Naokos deste mundo ?
E como se descobrem brasas nas areias desse lado do mundo ? E em poema !!!
Uma mulher

14/9/06 2:35 da manhã  

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