quinta-feira, abril 27, 2006

Revolução do 27 de Abril

Dia 27 de Abril de 2006. É hora da minha revolução.
Vou deixar cair o meu regime cultural. Vou deixar cair o meu regime económico. Preparo-me para ser independente pela primeira vez na minha vida.

11h40 da manhã, na rádio ouvem-se os motores do avião.
É o sinal para marchar em frente. Liberdade...

Troco cravos por sakuras, numa revolução do atlântico para o pacífico, do pacífico para o frenético. É na música que me refugio em momentos de ansiedade. Nos silêncios infinitos de concentração, as melodias dão ignição à minha motivação.

Sinto um vazio interior que se prepara para receber uma enchente de sensações.
É esta a distância da minha revolução: a distância do vazio para o cheio.
Do outro lado do mundo ninguém me espera,
eu espero tudo de alguém que não sabe que me espera.

5 Comments:

Blogger edu disse...

...cuidado com o 27 de Novembro!

29/4/06 12:24 da manhã  
Blogger patri.cia disse...

Bons ventos e boas marés te acompanhem, Tsunami português!

29/4/06 5:05 da manhã  
Blogger patri.cia disse...

Bons ventos e boas marés te acompanhem, tsunami português!

29/4/06 5:06 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Algumas revoluções ocorrem ao longo da vida dos indivíduos. A consciência da ruptura acontece num misto de medo e orgulho (e agora? fui capaz!). Obrigada por partilhares sentimentos tão contraditórios e por permitires constatar que não é o tempo curto de uma geração para outra que altera a forma como se sente a mudança.
Vai dando conta da forma como olhas para o mundo novo, para o dar a conhecer a quem está deste lado atlântico.
alda (a.)

30/4/06 8:50 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Excelente este texto que liga, em dois dias de diferença,a Revolução de 74 que não conheceste, a esta em que agora transfiguras os regimes pessoais.
A descrição de sentimentos - sobretudo dos mais entranhados - é uma arte quando, quem os lê, os entende como seus.
Foi isso que aconteceu comigo!

30/4/06 5:59 da tarde  

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