Revolução do 27 de Abril
Dia 27 de Abril de 2006. É hora da minha revolução.
Vou deixar cair o meu regime cultural. Vou deixar cair o meu regime económico. Preparo-me para ser independente pela primeira vez na minha vida.
11h40 da manhã, na rádio ouvem-se os motores do avião.
É o sinal para marchar em frente. Liberdade...
Troco cravos por sakuras, numa revolução do atlântico para o pacífico, do pacífico para o frenético. É na música que me refugio em momentos de ansiedade. Nos silêncios infinitos de concentração, as melodias dão ignição à minha motivação.
Sinto um vazio interior que se prepara para receber uma enchente de sensações.
É esta a distância da minha revolução: a distância do vazio para o cheio.
Do outro lado do mundo ninguém me espera,
eu espero tudo de alguém que não sabe que me espera.
Vou deixar cair o meu regime cultural. Vou deixar cair o meu regime económico. Preparo-me para ser independente pela primeira vez na minha vida.
11h40 da manhã, na rádio ouvem-se os motores do avião.
É o sinal para marchar em frente. Liberdade...
Troco cravos por sakuras, numa revolução do atlântico para o pacífico, do pacífico para o frenético. É na música que me refugio em momentos de ansiedade. Nos silêncios infinitos de concentração, as melodias dão ignição à minha motivação.
Sinto um vazio interior que se prepara para receber uma enchente de sensações.
É esta a distância da minha revolução: a distância do vazio para o cheio.
Do outro lado do mundo ninguém me espera,
eu espero tudo de alguém que não sabe que me espera.
5 Comments:
...cuidado com o 27 de Novembro!
Bons ventos e boas marés te acompanhem, Tsunami português!
Bons ventos e boas marés te acompanhem, tsunami português!
Algumas revoluções ocorrem ao longo da vida dos indivíduos. A consciência da ruptura acontece num misto de medo e orgulho (e agora? fui capaz!). Obrigada por partilhares sentimentos tão contraditórios e por permitires constatar que não é o tempo curto de uma geração para outra que altera a forma como se sente a mudança.
Vai dando conta da forma como olhas para o mundo novo, para o dar a conhecer a quem está deste lado atlântico.
alda (a.)
Excelente este texto que liga, em dois dias de diferença,a Revolução de 74 que não conheceste, a esta em que agora transfiguras os regimes pessoais.
A descrição de sentimentos - sobretudo dos mais entranhados - é uma arte quando, quem os lê, os entende como seus.
Foi isso que aconteceu comigo!
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